A décima sexta edição do Fantaspoa foi histórica. Em decorrência da pandemia do novo coronavírus, esta foi a primeira versão totalmente online do evento, com acesso gratuito para todas as pessoas em território nacional. No total, foram disponibilizadas 138 obras (49 longas e 89 curtas-metragens) de mais de 40 países entre os dias 24 de julho e 2 de agosto na plataforma brasileira de streaming de filmes Darkflix, além de terem sido realizados dois cursos e 21 debates com cineastas de todo o mundo.
Segundo os diretores e produtores do evento, João Fleck e Nicolas Tonsho, essa foi a edição mais desafiadora do festival: depois de nove anos sendo patrocinado, o Fantaspoa não recebeu nenhum patrocínio neste 2020, tendo que recorrer a financiamento coletivo e aportes próprios. Entretanto, e por meio de diversas parcerias, foi possível realizar a edição mais inclusiva do festival, resultando na maior audiência de sua história: somando todas as atividades oferecidas, o conteúdo do Fantaspoa foi acessado por aproximadamente 67 mil pessoas de todo o Brasil - o que representa mais de 6 vezes o número de espectadores do festival do ano passado, no formato presencial.
Os homenageados desta edição foram o ugandense IGG Nabwana e seu estúdio Wakaliwood, cuja fama mundial é crescente sobretudo por realizarem filmes de ação totalmente independentes com baixíssimo orçamento e muita criatividade e humor, envolvendo grande parte da comunidade de Wakaliga, uma favela em Kampala, na Uganda.
Os vencedores da edição de número 16 são:
PREMIADOS DO FANTASPOA 2020
Mostras Competitivas de Curta-Metragens - Prêmio da Crítica ACCIRS - Associação de Críticos de Cinema do RS (Jurados Juliana Costa, Roger Lerina, Rodrigo de Oliveira)
Prêmios Oficiais
Melhor Curta-Metragem Nacional: As Viajantes, de Davi Mello
Melhor Curta-Metragem Internacional de Animação: And Then The Bear, de Agnès Patron
Melhor Curta-Metragem Internacional em Live Action: Lili, de Yfke van Berckelaer
Menção Honrosa
O Evangelho Segundo Tauba e Primal, de Márcia Deretti e Márcio Júnior: pela inventividade, experimentação e proposta de imersão do espectador no universo do filme.
Mostra Competitiva Ibero-Americana (Jurados Getro Guimarães, William Mansque, Dane Taranha)
Prêmios Oficiais
Melhor Ator: Samir Hauaji (Cabrito)
Melhor Atriz: Valeria Giorcelli (Pedra, Papel e Tesoura)
Melhor Roteiro: Macarena García Lenzi e Martín Blousson (Pedra, Papel e Tesoura)
Melhor Direção: Macarena García Lenzi e Martín Blousson (Pedra, Papel e Tesoura)
Melhor Filme: Pedra, Papel e Tesoura, de Martín Blousson e Macarena García Lenzi
Menção Honrosa
Diabo Vermelho, de Sol Charlotte e J. Oskura Nájera: por ser realmente um filme fantástico. Pioneiro, trabalha o folclore, tem uma estética muito interessante e é muito divertido. Além de incentivar o cinema de gênero no Panamá.
Mostra Competitiva Internacional (Jurados Kapel Furman, Samuel Galli, Fernando Sanches)
Prêmios Oficiais
Melhor Ator: Garry Green (Barry Fritado)
Melhor Atriz: Adriana Matoshi (Zana)
Melhores Efeitos Especiais Digitais: The Wanting Mare, de Nicholas Ashe Bateman
Melhor Direção de Arte: Estranho, de Dmitriy Tomashpolskiy
Melhor Roteiro: Arttu Haglund e Avi Heikkinen (Ausente)
Melhor Direção: Jordan Graham (Sator)
Melhor Filme: Camarada Drácula, de Márk Bodzsár
Menções Honrosas
Butt Boy, de Tyler Cornack: melhor representação do inferno
A Noiva de Berlim, de Michael Bartlett: melhor edição
Sendo Natural, de Tadashi Nagayama: melhor trilha sonora diegética com bongôs
Júri Popular (Jurados Andrew Fagundes, Patty Fang, André LDC, Carolina Müller Moreira, Dedé Rei, Wender Zanon)
Melhor Curta-Metragem Nacional: Caranguejo Rei, de Enock Carvalho e Matheus Farias
Melhor Curta-Metragem Internacional de Animação: Rebooted, de Michael Shanks
Melhor Curta-Metragem Internacional em Live Action: Logan Lee & The Rise of Purple Dawn, de Raymond C. Lai
Melhor Longa-Metragem: Two Heads Creek, de Jesse O'Brien